terça-feira, 29 de setembro de 2009

Fruto de um comentário que deixei sobre uma foto da praxe e já agora para acompanhar mais um início de ano lectivo:

A praxe é um dos sinais dos costumes perniciosos que nos acompanham, infelizmente, desde que este país começou a tentar compor a sua nova civilidade democrática... em tudo representa os vícios que nos impedem de progredir como sociedade... Faz o elogio do demérito, premiando a mediocridade daqueles que se dizem Duxes... Defende a impunidade trajada de tradição, daqueles que praticam actos que, se não estivessem enquadrados dentro desta idiota tradição, seriam meros casos de procedimento judicial e consequente castigo penal. Ainda ontem uma Universidade foi condenada a pagar 90.000 euros à família de um aluno morto em consequência de agressões da praxe, por esta não ter evitado a praxe dentro das suas portas... porém fruto desses acordos de Omertà e da impunidade que grassa dentro dessa podridão da praxe não foi possível apurar os autores materiais por falta de provas.

Há que, rapidamente, contrapor ao já bolorento Dura Praxis Sed Praxis, a sua génese séria:

Dura Lex Sed Lex...

Ao argumento já velho de que estes casos extremos são excepções à regra, deixo este argumento:
Enquanto se servir da debilidade emocional de jovens que começam uma nova fase da sua vida, muitos longe de casa, para os violentar, enquanto a praxe estiver estruturada pelos preceitos anti-democráticos que permitem atentar contra a dignidade moral das pessoas e contra a sua integridade física, enquanto servir de "capa" a comportamentos que são ilícitos e ilegais, enfim: enquanto servir para proteger estes actos e enquanto os defenderem como tradição, enquanto não forem capazes de sanear da Praxe todas estas incongruências com os estados de democracia e com a dignidade do Homem, não há, insisto, qualquer desculpa ou argumento que sustente a existência da praxe!


Da tradição que se diga que já não é o que é: a coragem das sociedades vê-se na eliminação das tradições que atentam contra a dignidade do Homem!


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